Entrevista com Autora: Mayara V. Garcia

Oi Pessoal, 

Hoje temos entrevista com a autora mais diva desse mundão M.V. Garcia. Para quem não a conhece ela é a autora do livro lindo A chama da esperança - A princesa renegada. 




Ela deu um pouco do seu tempo para nós e respondeu alguma das nossas perguntinhas. Saquem só! 

1) Como descobriu o prazer pela leitura e pela escrita? 

Garcia: Desde muito pequena minha mãe me dava revistas, jornais, e claro, livros! Aprendi a ler muito cedo, e consequentemente a escrever. Eu fazia livrinhos com bloquinhos de papel, e os escrevia e ilustrava. Mas até resolver escrever mesmo uma saga completa, demorei muitos anos. O Chama da Esperança começou a ser escrito em 2013-2014, e antes disso eu só escrevia roteiros para quadrinhos ou contos curtos.

2) Já tinha outros projetos ou esse é seu primeiro projeto? 

Garcia: O Chama da Esperança, como dito acima, foi meu primeiro grande projeto.

3) Teve algum motivo especial que a levou a escrever essa história? 

Garcia: Eu amo animes e jogos de RPG japoneses (principalmente a série Final Fantasy), e sempre amei livros de fantasia. Amo clássicos como Senhor dos Anéis ou O Hobbit, mas sempre achei a linguagem desses livros muito rebuscada. Eu queria um livro de fantasia clássica mas com linguagem mais jovial, tal como os da saga Harry Potter. Também tinha vontade de escrever um livro que remetesse ao universo dinâmico dos animes e dos jogos de RPG. Assim nasceu o Chama!

4) Quando começou de fato a escrever já tinha toda a história na cabeça ou ela foi fluindo conforme colocava as ideias no papel?

Garcia: Eu criei boa parte dos personagens deste livro em 2002, e a base principal da história surgiu em meados de 2009; mas só comecei a escrever mesmo em 2013. Durante todo esse tempo, a história ficou cozinhando na minha cabeça (risos). O que por um lado foi bom, porque quando finalmente joguei no papel, praticamente toda a saga já estava pronta, já tinha começo, meio e fim. Um e outro fato é que foi surgindo durante o processo de escrita.

5) O que é o mais difícil de escrever para você? 

Garcia: Cenas de ação ou luta, e cenas tristes. A primeira é porque tenho dificuldade em descrever os movimentos, em transmitir a dinâmica de uma cena de ação apenas com palavras. Em um anime ou filme é diferente, porque você está vendo a  ação acontecer. Fazer isso só com palavras é um desafio, mas tenho tentado melhorar nisso aos poucos. 
E a segunda é porque sofro junto com os personagens ao descrever uma cena triste. Uma em particular me rasgou o coração ao escrever; tive que ser forte pra conseguir escrever até o final.

6) Compartilha um pouquinho dos seus livros com a gente. O que mais gosta neles? Tem algum personagem favorito?

Garcia: Eu gosto do Chama porque sinto que estou assistindo a um anime ou jogando videogame ao lê-lo, e era essa a minha intenção (risos). A ambientação faz várias referências ao ambiente dos RPGs e isso é o que mais gosto nele. A minha personagem favorita é a protagonista, a Kaira, minha personagem mais antiga, que criei em 2002; por isso tenho um carinho enorme por ela.

7) Tem um crush na sua história?

Garcia: Hahahahaha! Hum... Eu meio que tenho sim, mas acho que revelar isso seria um spoiler... fica o mistério (risos).

8) Quais foram as suas maiores dificuldades na carreira de autora? O que você pode dizer para os futuros escritores que estão começando a escrever seus livros? 

Garcia: Acho que a maior dificuldade aqui no Brasil é a divulgação. Muitos apontariam ser a publicação em si, mas hoje em dia, você tem várias opções de publicação acessíveis, como a Amazon, o Clube dos Autores ou gráficas independentes. O mais difícil é divulgar a sua obra em meio à tanta concorrência, sobretudo os livros internacionais, que são os mais consagrados pela grande mídia e pelas grandes editoras. Minha dica é ser persistente e ir galgando aos poucos o seu espaço. Conforme os leitores finalmente vierem a conhecer sua obra e a gostar do que leram, eles mesmos irão ajudar a espalhar o nome do seu livro por aí. Sem falar que receber o feedback por parte dos leitores é maravilhoso! É o melhor reconhecimento que podemos ter.

9) Tem um momento ou uma citação de um livro que leu e goste muito que gostaria de compartilhar com a gente?

Garcia: Posso fazer um jabá e divulgar uma do meu próprio livro? Hahahaha. 
Uma citação que gosto muito é a da personagem Elizia, do livro 2 de A Chama da Esperança, que diz: 
" ...(Ele) está sempre sorrindo, mesmo quando passamos dificuldades. Eu o admiro muito por isso. Às vezes um sorriso, mesmo na hora mais triste, pode ajudar alguém a se levantar."

Garcia: Por último, quero agradecer a honra de estar concedendo uma entrevista a esta autora que admiro muuuuuuito, que é a Luisa Soresini! Mais do que a autora por trás do maravilhoso Filha do Norte, ela é uma amiga incrível que fiquei muito feliz que conhecer pelas redes sociais da vida. Muito obrigada, Luisa! Um abraço!


Muito fofa essa autora não é? Em breve teremos resenha do seu livro! :) Então não perca tempo nos siga! 

Abraço, 
Luisa S. 

III Feira Capixaba do livro

Olá pessoal,

Eu vim falar um pouquinho do evento que eu participei essa semana. Chamado a III Feira Capixaba do Livro, que aconteceu na Fábrica de Ideias, em Vitória - ES.

O evento consistiu em 5 dias com uma programação intensa, voltada para a literatura e para as artes. Vários autores, artistas e alunos participaram do evento. Foi uma mostra cultural para todos os públicos. Durante o evento, eu participei de uma vários debates e expus minha obra A Filha do Norte para a venda. Conversei com alunos e outros autores e eu acho que meu saldo final foi muito positivo.

Todos os livros são de autores capixabas e eu ganhei vários deles. 
Augusta, Um Conto de natal e Coisas D'Alma são do autor Sérgio Soares Dultra
Meninices é do autor Francis Kurkievicz
Mulheres Pérolas é do autor José Stênio Ferreira Luz 
Antologia Poética são uma coletânea de poemas da Academia lunese de Letras. 

Todos os livros terão resenhas aqui no blog :) 

Bom, pessoal é isso. Espero que tenham gostado.

Até mais, 
Luisa Soresini   

O Mundo de Cá

Para minha mãe que me ensino a
ler histórias, para meu pai que conta
muitas e para minha irmã que ouve 
todas as que eu conto. 
- Juane Vaillant 

Olá pessoal, como vão?

Hoje a postagem será um pouco diferente. Primeiro por começar com essa linda dedicatória, sendo pela escritora em questão ser minha conhecida e agora companheira dessa jornada literária. 


Compre aqui: Editora Pedrugulho 

Estreia literária de Juane Vaillant, O mundo de cá é um livro de aventuras. Em 15 contos, a autora transforma o extraordinário em comum e nos faz começar a acreditar que o impossível pode ser possível. Imagine conversar mais de uma vez com Dom Casmurro. Ou descobrir que o passado é uma criança arteira. Ou acordar sem saber se ainda está sonhando. Poderia acontecer.
Carregados de oralidade, os textos remontam a atmosfera da contação de histórias, com ironias e exageros característicos de quem decide contar um feito excepcional. Por vezes, esse passeio entre o sonho e o real que Juane faz em seus contos pode soar meio macabro, desvendando realidades duras de encarar.

O Mundo de Cá é uma jornada pela literatura e por uma metalinguagem bem construída. Aqui você mergulha de cabeça em universos fantasiosos e em várias referências a clássicos da literatura como Machado de Assis e Tolken. É um livro contemporâneo e ao mesmo tempo clássico, repleto de reflexão e de contação de histórias. 

Os narradores te levam para universos estranhos e ao mesmo tempo bastante reais, que te fazem pensar e refletir por questões sociais, mentais e do coração. Em Divagações de um amigo de papel e A fantástica floresta encantada vemos a importância de mantermos nosso lado criativo e infantil livre dentro de nós e que ele é muito importante para a constituição do nosso ser. Já em Ana e o pequeno furo na cabeça e Catum, astronauta e peregrino; temos uma crítica social forte a partir de um olhar de uma criança e de um ser de outro planeta.  

Porém, meus contos preferidos são Catharina e a velha máquina de escrever; Ivan Yvanosklowyskh e Maria Dolores o sono divino. Em Catharina vemos novamente a metalinguagem, e a importância da escrita como sendo fundamental para a menina e seu ser. É através da literatura e dos grandes mestres que a menina que não fala, conversa sobre si mesma e o mundo. Ali a metáfora da maquina de escrever como sendo a ruína de todos da sua família e a vitória da sua se refere ao lado bom e ruim de ser escritor na nossa sociedade. 

Em Maria Dolores, vemos a questão da religião e da política serem dobradas por uma menina levada e ressuscitada, que não quer contar o que viu no reino dos mortos aos demais. Para mim um dos contos mais reflexivos e questionadores de todo o livro. 

E por último temos o conto do Ivan. Se você está na faculdade ou já cursou algum curso vai se identificar com ele. Em meios acadêmicos, você estudante não tem voz, você não representa nada e por isso sua opinião não importa frente a grande teóricos e estudiosos do assunto. Contudo, até mesmo eles já foram nada como você. Fica ai a reflexão de Ivan rsrs. 

PALESTRA SOBRE VIDA E OBRA DE IVAN KRYSTHOFER YVANOSKLOWISKH
O maior filósofo e pensador da pós-modernidade
O inventor da autocitação, crianção conjunta de pensamentos, valorização do pensamento ordinário e fundador do Templo do Vácuo 

Esse é um livro coberto de poesia e literatura, um livro curto mais repleto de fantasia e mundos para serem descobertos. Vale muito conferir essas grandes histórias.

Abraço,
Luisa Soresini